Fantasiada de baiacu, ou apenas um inchaço do destino?
Uma história de reencontros, rostos inchados e amor não filtrado

E aí Marias!!!
Vamos aquecer o corpo com muitas risadas neste frio? Sacudir o esqueleto com boas gargalhadas é a melhor maneira de se livrar do gelo destas noites de inverno, que não estão fáceis.
Chazinho, cafezinho, chocolate quente, caldinho de legumes… Nada está adiantando. Portanto, vamos de caos que sempre resolve.
Dá até aquele suadouro, né? Bem, falando em suadouro, a Maria da semana passou por uma situação pra lá de constrangedora. Sabe aquelas cenas que a gente imagina um milhão de vezes de forma tão perfeita e espetacular que até parece conto de fadas?
Pois bem, nossa Maria reencontrou o amor de infância bem no dia em que tinha experimentado um novo procedimento estético. Sabe no que deu? CAOS!
Veja comigo e acompanhe esta história até o final.
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Maria já tinha imaginado aquele reencontro pelo menos umas trezentas vezes. E em todas eles, ela estava impecável: pele de porcelana, cabelo com movimento de comercial de xampu e um blazer que gritava “mulher bem resolvida”. Mas o destino — conhecido por sua ironia refinada — tinha outros planos.
Na manhã daquele dia, Maria foi fazer um “pequeno” procedimento estético. Coisa simples: um preenchimento nas maçãs do rosto para levantar o astral. Afinal, ela era uma mulher moderna, independente e adepta do lema “quem não faz, leva (rugas)”.
O problema é que o procedimento deu certo. Certo até demais. Duas horas depois, seu rosto estava tão inchado que se ela sorrisse muito, poderia assustar uma criança.
— É normal, viu? — disse a esteticista com a serenidade de quem não precisava andar de cara inchada por aí. — Vai desinchar em uns dois ou três dias.
Tranquilo. Ela só precisava se esconder por… dois ou três dias. Nada de compromissos, selfies ou espelhos. Mas aí, o banco resolveu bloquear o cartão, coisa de “evitar uma fraude”. E não tinha jeito: ela teria que ir até a agência resolver.
Colocou óculos escuros, prendeu o cabelo num coque mal feito e foi, com a esperança de passar despercebida.
Estava na fila, escondida atrás de um senhor alto com uma bengala e uma senhora que contava moedas, quando ouviu uma voz inconfundível:
— Maria?
Ela paralisou.
Não.
Não podia ser.
Virou-se devagar, com a tensão de quem está prestes a enfrentar um exame de mestrado sem saber se estudou o suficiente.
Era ele. Eduardo.
Seu primeiro amor. O menino que dividia os biscoitos na lancheira e dizia que ia casar com ela um dia. O mesmo que se mudou de cidade no ensino fundamental e nunca mais deu notícias. Agora, ali, de barba feita, mais alto, mais bonito — e ela, parecendo um baiacu emocionado.
— Eduardo… oi! — tentou sorrir. Arrependeu-se. O sorriso fez um lado do rosto repuxar e ela soltou um pequeno gemido de dor.
— Uau… você tá… diferente — ele disse, com um ar gentil, mas confuso.
— Sim, é que… fiz um procedimento. Estético. Terapêutico. Preventivo. Enfim. Estou temporariamente deformada — disparou, rindo nervosa.
Ele riu. De verdade.
— Maria, você tá igualzinha. Com a mesma cara de quem quer fugir correndo quando é pega de surpresa.
Ela cobriu o rosto com as mãos.
Justamente o dia que do reencontro, eu tô assim! Esperei anos por esse momento. ANOS. E o universo escolhe hoje, o dia do inchaço facial? É sério?
— Acho que o universo tem senso de humor — respondeu ela, sorrindo, de nervoso.
Eduardo a olhou profundamente e disparou
— E, sinceramente, você tá linda.
Ela arregalou os olhos, desconfiada.
— Você bateu a cabeça?
— Não. Mas talvez eu esteja um pouco tonto de te ver de novo.
E assim ficaram na fila por quase quarenta minutos, conversando sobre a vida, os anos que passaram, as coincidências e a estranheza de reencontros inesperados. Maria tentava o tempo todo esconder o rosto com a bolsa, o cabelo, a mão. Mas a cada risada de Eduardo, ela se esquecia um pouco da própria aparência.
Na saída do banco, ele tomou coragem:
— Eu sei que pode parecer precipitado… mas aceita jantar comigo hoje?
Maria hesitou. Quase disse não. Quase disse “espera desinchar”. Mas aí respirou fundo.
— Aceito. Mas com uma condição.
— Qual?
— Se eu pedir sopa e não conseguir abrir a boca direito, você não ri.
Ele sorriu e estendeu a mão.
— Prometo. E, só pra constar, eu te reconheceria em qualquer lugar… mesmo disfarçada de baiacu.
Ela gargalhou. A maçã do rosto doeu um pouco. Mas o coração? Esse estava completamente leve.
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Ahhhh Mariassss!!! Que história linda! O destino é mesmo implacável! Quando é pra ser, simplesmente é.
Fiquei emocionada com essa história e tenho certeza que vocês também. Alguém já passou por isso? Um reencontro inesperado, mas que, no fim das contas, vira roteiro de filme de comédia romântica?
Me contem e me mandem suas histórias!
Já estou ansiosa para a próxima semana!
Um beijo, Maria
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