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Papo de Paciente

Câncer: o impacto também atinge quem pode pagar pelo melhor tratamento

Val Marchiori expõe seu diagnóstico e mostra que, diante da doença, o silêncio, a culpa e o medo não escolhem classe social

Papo de Paciente|Marcela VarasquimOpens in new window

LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Val Marchiori compartilhou o diagnóstico de câncer de mama, refletindo sobre o impacto emocional da doença.
  • A socialite, mesmo com acesso a tratamentos de alto nível, sente a culpa do atraso nos exames, uma experiência comum entre mulheres.
  • Ela alerta sobre a importância de realizar os exames preventivos e admite o desejo de silêncio diante do diagnóstico.
  • Val inspira outras mulheres a priorizarem o autocuidado e a serem mais compasivas consigo mesmas em momentos difíceis.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Câncer: o impacto também atinge quem pode pagar pelo melhor tratamento Reprodução Instagram

Val Marchiori compartilhou nesta terça-feira a descoberta de um câncer de mama. O vídeo da empresária e socialite me fez lembrar o meu primeiro dia de diagnóstico, em 27 de dezembro de 2021. O impacto da palavra ‘câncer’ fez minhas pernas estremecerem e uma nuvem de dúvidas desaguar na minha mente, como uma tempestade.

Val é conhecida por ser uma socialite que circula em rodas de pessoas influentes, eventos de luxo e da alta sociedade. Ela tem acesso aos melhores médicos do Brasil e, ainda assim, o diagnóstico a fez silenciar. Por mais que a chance de sucesso de um tratamento no Brasil dependa, infelizmente, da conta bancária, o sofrimento humano não escolhe cor de cartão de crédito.

No vídeo, Val aparece de óculos escuros, visivelmente abalada. Ela conta que se sente culpada por ter atrasado a mamografia. Essa culpa, infelizmente, é comum, pois muitas mulheres têm medo do exame. Eu mesma me culpei quando demorei a fazer o ultrassom de mamas, mesmo já sentindo o caroço.

Com o tempo, aprendi a acolher essa culpa. Percebi que não era apenas uma escolha individual. Minha geração foi ensinada a se doar com intensidade, a crescer e ser alguém. A realidade não permite ficarmos estagnados, sob o risco de sermos engolidos pela conta do supermercado, que só aumenta. Esses fatores externos, que moldam a cultura de deixar o autocuidado para depois, pesaram muito nas minhas decisões. Entender isso me ajudou a olhar para mim com mais compaixão.


Fui engolida, e tudo bem. O importante é hoje ter consciência para identificar o exato momento em que começo a ser mastigada e aprender a parar antes da deglutição.

Val faz um alerta necessário para que as mulheres mantenham seus exames em dia. Ela também compartilha o desejo de ficar em silêncio. Lembro da minha primeira noite após o diagnóstico, quando eu não sabia nada sobre o grau da doença nem sobre as chances de cura. Foi, sim, uma noite de silêncio. Mas também foi uma noite de muita vontade de viver.


Obrigada, Val, por estimular tantas mulheres a olharem para si. Vamos acompanhar sua jornada com amor e desejos de recuperação completa.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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