Menos decoração de loja: como Lufe Gomes decorou sua casa com objetos de viagens cheios de história
Ele brinca que a casa é bege, mas cheia de alma. O criador do Life by Lufe abriu as portas para o R7, com dicas transformadoras para seu lar
Você é do tipo que enlouquece numa lojinha de decoração de shopping? Mudou de casa e já quer sair correndo pra montar tudo de uma vez? Eu era exatamente assim, até gravar essa entrevista.
Visitei o apartamento do Lufe Gomes em busca de referências para decorar meu novo studio. Apesar de o espaço dele não ser um studio nem um imóvel alugado como o meu, queria entender como ele conseguiu deixar tudo tão bonito e acolhedor, sem precisar de grandes reformas ou depender de móveis planejados. Saindo de lá mudei completamente a forma como enxergo a decoração da minha própria casa.

Então, acho que a gente tem que abandonar esse conceito de que, na loja, tudo é mais perfeito e começar a olhar para as pessoas que estão por trás da história daquele objeto
A CHAVE PARA UMA CASA BONITA
Acompanho o Lufe Gomes há muitos anos. No canal Life by Lufe, ele visita casas reais e revela não só a arquitetura e as soluções de cada espaço, mas também as histórias de quem vive ali. Foi com ele que entendi algo essencial: decoração e memória não andam separadas. Aprendi que a forma como montamos nossas casas está profundamente conectada às histórias que vivemos. A chave para uma casa bonita está aí!

Confessei para o Lufe uma certa agonia com as paredes que ainda estão em branco no meu studio de 25m2. Ele me contou sobre o dia que visitou uma jornalista na África. Na visita, Lufe tinha a expectativa de encontrar uma casa cheia de objetos que eternizaram as vivências dessa jornalista: ´´pensei, imagina o que que ela não deve ter de cestos de artesanato, de cores…imagina a roupa?!´´. Mas Lufe se deparou com uma casa branca sem muita arte: ´´Perguntei se ela era minimalista e ela me disse que na verdade era uma mulher em construção. Aprendi naquele dia que as paredes em branco também tem significado. E me fez lembrar: a casa da gente é um reflexo de quem somos, do que vivemos, das histórias que a gente quer contar.
No Japão, existe uma expressão chamada “ma”, ou 間. Significa que não é porque não tem nada, que está vazio.
Às vezes, uma estante com um único vaso está cheia de pausa, silêncio, tempo, espera.A gente precisa se permitir viver. Porque é vivendo que os objetos vão chegando.
Você coloca uma planta… não espera que ela cresça no dia seguinte. Você rega. Cuida. Dá tempo. É a mesma coisa com a casa. A gente rega com vida.‘‘
UMA CASA DE VERDADE NÃO DEVE SER DECORADA PENSANDO NO QUE O OUTRO VAI FALAR, MAS NAS HISTÓRIAS QUE ELA VAI CONTAR
Minha casa está com alma, histórias...?!. Eu me sinto bem dentro dela, ou eu estou só preocupado com o que o outro vai dizer?!

Reuni algumas dicas do Lufe para deixar a sua casa com cara de lar:
1. Valorize objetos com história e pessoas por trás deles
Dica: Prefira peças garimpadas, feitas à mão, ou que tenham um significado, em vez de comprar tudo novo em loja. Isso traz alma e valor para o seu espaço.
2. A casa deve ser uma construção gradual e viva, que conte a sua história
Dica: Não tenha pressa para decorar. Use seu espaço para expressar quem você é, adquirindo coisas que realmente gosta e que fazem sentido para você, com calma e paciência. “Conte a sua história através do seu espaço. Não tenha pressa. Seja uma pessoa em construção, curta”, aconselha Lufe.
3. Deixe a casa confortável e funcional, priorizando o seu bem-estar
Dica: Tire o tênis ao entrar para manter a higiene e se sentir mais à vontade. Cuide do ambiente para que ele seja um refúgio, um templo pessoal com energia boa. “Além de você deixar a sujeira lá fora, você ainda tem a possibilidade de se sentir mais confortável, porque daí você com pé descalço parece que você é de casa mesmo.”
4. Cuide das plantas e do espaço externo com atenção e amor
Dica: Plantas dão trabalho, mas são parte viva da casa. Converse com elas, cuide com regularidade e veja o jardim como um espaço para se conectar com a natureza, não só como decoração.
5. Priorize qualidade e significado em vez de quantidade
Dica: É melhor ter poucos objetos, pratos, móveis que você ama e que contam uma história, do que muitos que não têm valor real para você. Valorize o que você tem e aprenda a garimpar. “Valorize cada coisinha que você comprou... pode ser um prato. Eu sugiro sempre assim: é melhor você ter 6 pratos que você conseguiu comprar porque era aquele que você queria, do que ter 20 pratos esperando visita.”

Saí de lá com a minha visão de decoração completamente transformada. Fui tomado por uma vontade enorme de viver mais e acumular histórias. Agora, voltar pra casa depois de uma viagem tem um sabor diferente: não é só voltar para meu lar, é pensar em como aquele momento vivido lá fora vai virar memória aqui dentro, nas paredes, nos objetos, nos detalhes. No fundo, decorar é isso: viver primeiro. Depois, deixar a casa contar.
Quando você ver, você vai ter uma casa que é linda
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