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Carnaval 2019

Problemas com carro de som podem afetar desfile de 60 blocos em BH

Detran vai abrir as portas às 7h30 desta sexta para que representantes regularizem a documentação; blocos alegam que exigência foi de última hora

Carnaval 2019|Camila Cambraia, da RecordTV Minas

Sessenta blocos podem ser afetados
Sessenta blocos podem ser afetados

Os 60 blocos que enfrentam problemas com a documentação dos carros de som para transportar as bandas em seus desfiles vão poder procurar um plantão do Detran (Departamento de Trânsito de Minas Gerais) a partir das 7h30 desta sexta-feira (21).

A decisão foi tomada em uma reunião realizada nesta quinta-feira (20) na Cidade Administrativa, sede do governo estadual. O Governo de Minas foi representado pelo secretário-adjunto de Governo, José Geraldo Prado, que falou sobre a decisão.

Confira a programação completa para o Carnaval 2020 de BH

— Foi este o compromisso que foi feito na reunião, de avaliar essa documentação e ver se ela é suficiente para atender a legislação federal e garantir a segurança, que acho que é o principal e todos concordam. 


Blocos de rua e forças de segurança do Estado enfrentam um dilema desde o fim de semana passado, quando a Polícia Militar apreendeu e multou carros de som de três blocos que desfilaram em Belo Horizonte.

De acordo com a corporação, foram identificadas irregularidades na documentação desses veículos. Segundo a Polícia Civil, os problemas vão desde a falta de licenciamento ao não cumprimento da legislação federal, que regulariza a circulação de trios elétricos. Com a medida, 14 dos 30 carros que seriam usados na folia estão impedidos de desfilar.


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Apesar da força-tarefa do Detran, representantes dos blocos estão apreensivos. Eles temem não conseguir reunir toda a documentação exigida a tempo para o Carnaval. O representante do bloco Garotas Solteiras, Jonathan Melo diz que o processo deveria ter sido mais bem organizado por parte do poder público.

— Isso deveria ter sido avisado antes porque nós temos toda a intenção de resolver. Ninguém quer colocar carros inseguros na rua. Só que a gente é sociedade civil e, em contato com órgãos públicos, deveríamos ter sido melhor orientados


Cancelamento

Diante do impasse, um dos blocos mais tradicionais de Belo Horizonte, o "Juventude Bronzeada", cancelou o cortejo deste ano. O anúncio foi feito por meio das redes sociais, horas depois de a Justiça negar um pedido liminar de representantes de blocos para que os cortejos pudessem usar os carros de som que eram utilizados nos anos anteriores. O produtor do bloco, Igor Silva, esteve na reunião desta tarde e afirma que a decisão será mantida.

Hoje, está cancelada. Vamos esperar os próximos desdobramentos, mas não é da nossa intenção nos esforçar mais para resolver um problema que é do poder público. Nesses anos do ressurgimento do Ccarnaval, todos os anos surgem demandas às vésperas do Carnaval e temos que correr atrás para resolver. Todo ano acontece a mesma coisa. 

Nesta tarde, advogada Laura Diniz, que representa os blocos, recorreu da decisão.

— No primeiro fim de semana do Carnaval da programação de Belo Horizonte, os blocos saíram, os carros saíram, a PM esteve presente e não fez nenhuma apreensão. Ela não falou de nenhuma irregularidade e, pelo contrário, se colocou à disposição e, no fim de semana seguinte, ela mudou de postura. E aí, como é que ficam os investimentos, a estruturação da cidade, sendo que os principais blocos afetados não vão conseguir sair às ruas? 

Pela manhã, representantes de blocos foram até o Detran em busca de informação. Ao todo, 60 blocos de rua de Belo Horizonte podem ter o desfile alterado por determinação do órgão.

Além dos gastos extras, os organizadores correm contra o tempo para conseguir viabilizar a festa depois que os carros de som que acompanham o percurso foram barrados, como explica Luiza Alana, do bloco Roda de Timbau.

— O trio que a gente conseguiu para poder sair hoje é maior e não pode sair na rua Itajubá, que é nosso cortejo original. Ontem à noite tivemos uma mudança de trajeto e vamos sair na Sapucaí. Andaríamos oito quarteirões e, agora, são dois. Vai acontecer porque a gente trabalha para isso, mas foi o trabalho de um ano inteiro e tivemos que mudar tudo em dois dias.

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