‘Longlegs’ não assusta ninguém e só funciona para quem é (muito) fã de Nicolas Cage
Filme estreou nos cinemas brasileiros na última quinta-feira (29)
As primeiras reações a Longlegs: Vínculo Mortal, novo filme de Nicolas Cage, foram extremamente positivas. A gente disse aqui no Cinema de Segunda que a imprensa internacional surtou com o longa. Agora que o filme estreou nos cinemas brasileiros, dá para ver que esse surto foi uma alucinação coletiva.
Longlegs é ruim. Apontado como “o melhor terror da última década”, o filme é simplesmente incapaz de provocar susto ou tensão. Ele vai funcionar apenas para quem é fã de Nicolas Cage.
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O ator usa o seu primeiro serial killer da carreira para mais uma atuação histriônica, cheia de maneirismos. Basicamente o que Cage tem feito nas últimas décadas, aqui ajudado por uma maquiagem bizarramente pesada, que nunca se justifica.
Aliás, esse é um dos problemas de Longlegs. Nada do que acontece na tela faz muito sentido. A trama envolve uma agente novata do FBI (Maika Monroe, péssima), que após uma operação acabar em tragédia é recrutada para ajudar em um caso de um serial killer (Cage) que há décadas intriga a polícia.
O filme engrossa o caldo com uma subtrama que mexe com o oculto, mas que nunca se desenvolve inteiramente. Pior, força uma conexão entre os personagens que é tão frágil quanto os cabelos da peruca usada por Nicolas Cage.
Ao tentar misturar um thriller policial ao terror sobrenatural, o diretor Osgood Perkins se perde em um produto sem alma. E ele ainda desperdiça o seu principal ativo. Nicolas Cage aparece pouquíssimo em tela. Por mais que a atuação do astro seja exagerada, ele poderia ao menos fazer o filme ser mais divertido. Mas nem isso consegue.
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