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Lendários ‘mexicanos’ metaleiros tocam neste final de semana em São Paulo e Belo Horizonte

É a primeira vez deles no Brasil após a morte do vocalista Juan Brujo, vítima infarto. Banda seguiu os trabalhos, em tributo

Essa eh do Rock|Antonio De PauloOpens in new window

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Brujeria, banda de metal americana com identidade mexicana, se apresenta em São Paulo e Belo Horizonte neste final de semana.
  • A banda é conhecida por suas letras abordando imigração, narcotráfico e questões sociopolíticas, utilizando uma persona de cartel de narcotraficantes.
  • Após a morte do vocalista Juan Brujo em 2024, a turnê é um tributo aos fundadores e integrantes que faleceram recentemente.
  • Os shows acontecem no Fabrique Club em São Paulo e no Mister Rock em Belo Horizonte, com ingressos a partir de R$ 150,00.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Banda Brujeria durante apresentação em festival em Santiago, no Chile Divulgação/@brujeria_oficial

Chegou a vez de São Paulo e Belo Horizonte receberem neste final de semana uma dos mais importantes bandas da cena do metal hispânico-americano dos anos 90, do selo Roadrunner Records (o mesmo do Sepultura), e uma dos mais relevantes nomes do grindcore e death metal de todos os tempos: o Brujeria.

Os shows acontecem sábado (11), no Fabrique Club, na capital paulista, e no Mister Rock, em Belo Horizonte, no domingo (12). A lendária banda de metal americana, que “se identificada como mexicana”, está em turnê pelo Brasil, e ainda tocam em Curitiba (13) e Brasília (15).

Formados em 1989 na cidade de Los Angeles, a banda surgiu como um projeto que combinava metal extremo com letras em espanhol, explorando temas como imigração, narcóticos, realidade-sócio-política-americana e contestação ao conservadorismo.

Eles ganharam destaque por sua representação da cultura latina nos Estados Unidos, com integrantes de origem hispânica e latino-americana, que incorporavam elementos da identidade mexicana em sua estética e narrativas.


Máscaras, México e grindcore

Embora seja um grupo americano, sediado na Califórnia, o Brujeria adota uma persona fictícia de origem mexicana, retratando-se como um cartel de narcotraficantes latinos procurados pelo FBI.

Essa identidade é reforçada em seu site oficial, onde se descreve como “uma banda de deathgrind metal do México”, e em performances que incluem bandanas, balaclavas, serapes e machetes.


A construção temática dialoga com questões fronteiriças entre México e EUA, como visto em músicas La Migra e Matando Güeros, que criticam o racismo e a xenofobia.

Tanto como a banda, que possuía uma persona, seus integrantes também possuíam pseudônimos (Juan Brujo, Hongo, Fantasma e El Asesino), preservando seus anonimatos.


A ideia era a banda ser um projeto paralelo liderada por Juan Brujo (John David Lepe), com diversos músicos consagrados da época, de bandas como Fear Factory, Faith No More e Napalm Death, com participação até do vocalista do Dead Kennedys nas demos.

O primeiro álbum, Matando Güeros, foi lançado em 1993. A banda “explodiu” com o próximo, “Raza Odiada”, em 1995.

Figuras clandestinas

No underground, a estratégia de preservar o anonimato criou um véu de mistério na banda, os apresentando como figuras clandestinas, seguindo com a estratégia da banda de evitar shows nos primeiros anos, alimentando lendas urbanas na cena deathgrind.

A primeira apresentação ao vivo aconteceu somente em 1997, para a gravação de um EP com quatro músicas. Já o primeiro show “de verdade”, em turnê, ocorreu em 2003.

O Brujeria é reconhecido como uma das primeiras bandas a popularizar esse formato de anonimato e máscaras, influenciando gerações subsequentes. Para a cena deathgrind, a banda se destaca com a capacidade de fundir agressividade sonora com consentimento social.

Seu primeiro disco vendeu mais de 100 mil cópias nos Estados Unidos e, devido ao conteúdo forte, chegou a ser banido em alguns países. Nos anos 2000, a banda foi indicada pelo prêmio Latin Grammy Award como o Melhor Álbum de Rock.

A banda passou por diversos hiatos, até retornar em 2016 e lançar Pocho Aztlan (abordando a imigração e o “sonho americano” sob a ótica latina). Seu último trabalho foi em 2023 (Esto Es Brujeria), com a canção “Xipe Totek” homenageando mitos astecas.

Em 2024, infelizmente, o vocalista e fundador Juan Brujo (John David Lepe), o único membro presente em todas as fases da banda, faleceu aos 53 anos devido a um problema cardíaco.

Meses antes, em fevereiro, Pinche Peach (Ciriaco Quezada), responsável por samples e vocais desde 1992, também partiu pelo mesmo motivo, aos 56 anos.

As mortes ocorreram logo após o lançamento de Esto Es Brujeria e durante uma agenda intensa, levando ao cancelamento de todas as datas de 2024 por emergência médica.

A última passagem do grupo pelo Brasil foi em março daquele ano, com shows em Recife (Abril Pro Rock, 30/03) e São Paulo (City Lights, 31/03), onde o setlist incluiu faixas como Mexorcista e Pocho Aztlan.

Turnê no Brasil

A turnê pelo Brasil conta com a participação de El Cynico (codinome de Jeff Walker, do Carcass), tocando com a banda desde 2006.

Em São Paulo, a casa noturna está prevista para abrir às 17h30. Já no show de Belo Horizonte, os portões abrem às 18h. Os ingressos estão a partir de R$ 150,00, e podem ser comprados no site do Clube do Ingresso (www.clubedoingresso.com).

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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