Fórmula do populismo: quebrar pernas do cidadão, culpar terceiros e fornecer muletas 'grátis'
Para se perpetuarem no poder, políticos populistas focam no assistencialismo promovendo ignorância, dependência e pobreza
Patricia Lages|Do R7
Chega a ser desnecessário dizer que prestar assistência aos mais necessitados é uma obrigação não só do Estado, bem como de todo cidadão consciente. Porém, o assistencialismo deve ser praticado de forma pontual e até que as pessoas estabeleçam sua autonomia. É dar o peixe, sem deixar de ensinar a pescar.
Mas o que vemos, principalmente em governos populistas, são políticas que promovem a dependência, perpetuam a ignorância e multiplicam a pobreza. E tudo isso com o único objetivo de se manterem no poder. As equações socialistas são tão simples quanto diabólicas:
Você não terá saneamento básico, viverá doente, mas receberá remédios grátis. Desde que continue vivendo em locais insalubres, claro. Seus filhos não terão educação, não conseguirão boas colocações no mercado de trabalho, mas receberão dinheiro do governo. Desde que não se atrevam a trabalhar, claro.
Nós demonizaremos a indústria, o comércio e o empresariado em geral para que você não perceba que são eles que geram emprego, renda e riqueza. Se você notar que seu próprio esforço pode tirá-lo da pobreza não venderá seu voto a troco de vale-gás e leite em pó. Jamais deixaremos isso acontecer, claro.
Nós incitaremos o ódio entre as classes para que você pense que os ricos só são ricos porque roubaram tudo que “era para ser seu”. Se você acreditar que todo rico é ladrão e todo pobre é honesto, também acreditará que nós, políticos populistas, por meio da “justiça social” (conceito que nós mesmos inventamos), vamos tirar dos ricos para dar aos pobres. Quanto mais pobres acreditarem nisso, melhor, pois não farão nada além de esperar que o governo os salve, claro.
Resumindo: nós, políticos populistas, quebraremos suas pernas sem que ninguém perceba. Você perderá sua autonomia, claro, porém, lhe forneceremos muletas grátis. E se você for bem bonzinho, talvez ganhe até uma cadeira de rodas. Desde que continue aleijado, claro.
São equações simples com resultados óbvios: nós, políticos populistas, somos pais dos pobres e defensores das minorias. Por isso, precisamos multiplicar os pobres e dividir a sociedade em mais e mais grupos minoritários. Assim, teremos mais pessoas dependendo de nós e, obviamente, votando em nós. Como confessou o petista José Dirceu, “é uma questão de tempo para gente tomar o poder, o que é diferente de ganhar ‘uma’ eleição”.
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