França pega empréstimo de R$ 720 milhões para arrancar vinhedos e diminuir produção de vinhos
Medida drástica impulsionada pela queda no consumo global da bebida
A França, historicamente reconhecida como o berço das uvas mais famosas e de alguns dos vinhos mais prestigiados do mundo, enfrenta uma grave crise no setor vinícola, situação já reconhecida pela própria União Europeia.
Embora seja o maior produtor de vinho do planeta, superando a Itália, que ocupa o segundo lugar, a França viu-se obrigada a recorrer a um financiamento de 120 milhões de euros (cerca de R$ 720 milhões) da União Europeia.
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O objetivo? Arrancar (isso mesmo, arrancar!) parte de seus vinhedos, uma medida drástica impulsionada pela queda no consumo global, particularmente em relação aos vinhos franceses.
O montante será distribuído em subsídios de 4 mil euros (aproximadamente R$ 24 mil) por hectare, com a expectativa de que essa intervenção leve à redução de cerca de 30 mil hectares, ou 4% dos 789 mil hectares plantados no país, segundo dados do Ministério da Agricultura.
Isso resultará em uma queda na produção de vinho, que deverá passar de 48 milhões de hectolitros para algo entre 40 e 43 milhões.
A situação é alarmante e merece atenção, já que outros países produtores podem buscar o mesmo tipo de apoio, o que poderia agravar ainda mais a crise no mercado vinícola global.
Torço para que seja apenas algo temporário…
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