Profissão sósia: parecido com Gusttavo Lima, morador de BH ganha a vida com presença VIP

Os gurus do empreendedorismo sempre pregam sobre a necessidade de se ficar atento às oportunidades de um bom negócio, que pode surgir em situações inusitadas. O ditado popular “fazer do limão uma limonada” estimula usar as situações adversas da vida para se impulsionar. E quando o que se tem é uma semelhança física, mesmo que distante, com uma celebridade? Dá para se aproveitar disso? Para um morador de Belo Horizonte, a resposta é um “sim” bem sonoro.

Há alguns anos, Gilberto Santos deixou a profissão de barbeiro para se dedicar a outro ofício: sósia do cantor sertanejo Gusttavo Lima. Ele incorporou tanto o personagem que até o nome de batismo deixou para trás. Nas redes sociais, se apresenta como Gusttavo Santos.

Passei uma tarde com ele no Mercado Central, ponto turístico da capital mineira. Quando o avistei no corredor, me espantei com a semelhança. Há quem diga que ele não se parece tanto assim com o astro sertanejo, mas Gilberto se esforça. Se dedica à academia para ter o mesmo físico, fez as mesmas tatuagens do ídolo e o corte de cabelo é idêntico. Quando ele se aproximou, disparou: “fala comigo, bebê”. No mesmo tom de fala e preso aos jargões do Embaixador.

A história dos dois mineiros se cruza quando um homem abriu os olhos de Gilberto sobre a semelhança e propôs se tornar o empresário dele. O jovem se empenhou em tornar a imagem dele ainda mais parecida com a do astro. Até recorreu a procedimentos estéticos.

Um ano depois, ele começou a colher os frutos, ou a limonada do investimento. Passou a ser confundido na rua. Não consegue mais ir ao supermercado sozinho sem ser tietado. E até parou um shopping de Belo Horizonte com fãs histéricas implorando por uma foto com Gusttavo Lima. Elas só não sabiam que era uma versão genérica.

Gusttavo Santos soube aproveitar a onda. Contratou dois seguranças “bombadões” para completar o personagem, tornando as aparições ainda mais realistas. Como resultado, atraiu também a atenção de comerciantes locais que não podem pagar pela presença do Embaixador real em eventos e anúncios, mas conseguem arcar com cachê da versão similar.

O sósia não se intimida ao dizer que não tem os mesmos dotes musicais do ídolo. “Se eu cantasse, nem precisaria do Gusttavo Lima”, brinca. Assista a seguir um trecho da minha entrevista com o sósia do Embaixador e veja como foi o encontro dele com o artista real: