Rotavírus: o vilão que ainda assombra o mundo
Pequenos cuidados e vacinas ajudam a prevenir a proliferação desse inimigo invisível que pode levar a quadros graves e até a morte
Olha só, pessoal, dessa vim falar sobre um probleminha que tem afetado amigos e os filhos de amigos. Uma infecção por vírus que embora pareça simples, pode causar casos graves. É a principal causa de diarreias (são 450 mil mortes em crianças menores de 5 anos). Em uma semana contei aqui em São Paulo 7 pessoas próximas com diagnóstico possível de rotavírus, aí pensei em trazer algumas dicas.
Primeiro vamos saber o que é esse tal de rotavírus? É um vírus espertinho que se espalha mais rápido que fofoca em grupo de WhatsApp. Ele adora pegar carona nas mãos sujas, nos brinquedos, talheres e até na água contaminada. As crianças menores de 5 anos são o alvo preferido desse pequeno vilão, mas pode pegar em gente grande também!
Quando o rotavírus resolve dar as caras, começa com uma febre leve, mas logo vem o sintoma principal: uma diarreia daquelas! E não para por aí: evolui para náuseas, vômitos e uma dor de barriga que deixaria até o Hulk de mau-humor.
Estudos recentes da Fiocruz mostram que, em 2023, o rotavírus foi responsável por cerca de 30% das internações por diarreia aguda em crianças menores de 5 anos no Brasil. No mundo a OMS aponta cerca de 2 milhões de hospitalizações.
A prevenção é a melhor arma contra esse inimigo invisível. Lavar as mãos é fundamental. Água e sabão são os melhores amigos nessa batalha. Manter os brinquedos e superfícies limpos, alimentos bem acondicionados e a limpeza do banheiro em dia.
A vacina é outra aliada poderosa nessa luta. O Programa Nacional de Imunizações oferece a vacina contra o rotavírus gratuitamente no SUS. São duas doses, aplicadas aos 2 e 4 meses de idade.
Agora, se o rotavírus já invadiu o corpinho do seu filho, não entre em desespero! O tratamento é focado em evitar a desidratação, soro caseiro ou de pacotinho vira o melhor amigo da criança e do adulto nessas horas. É preciso repor os líquidos perdidos como se estivesse enchendo uma piscina no verão. Usar água tratada é o melhor caminho.
Dados da Sociedade Brasileira de Pediatria mostram que a hidratação adequada pode reduzir em até 60% o risco de complicações graves por rotavírus.
A alimentação também merece atenção especial. Nada de inventar moda! O ideal é oferecer alimentos leves e em pequenas quantidades. Sopinhas, purês e frutas são ótimos pedidas. E atenção: o leite materno continua sendo um superalimento, mesmo durante a diarreia. Para os adultos, bebidas isotônicas são uma boa opção e o repouso é essencial no combate à diarreia grave causada por rotavírus.
Por fim, fique de olho nos sinais de alerta! Se o paciente, criança ou adulto, ficar muito molinha, se a diarreia não der trégua ou se aparecerem sinais de desidratação, é hora de correr para o médico. Ele vai avaliar se é preciso uma hidratação mais potente ou algum outro tratamento. Lembre-se: em 2023, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou uma redução de 25% nas internações por complicações do rotavírus, graças ao diagnóstico precoce e ao tratamento adequado.
Os sintomas do rotavírus surgem com até dois dias após o contágio e duram até pouco mais de uma semana. A pessoa pode transmitir a doença até o quarto ou quinto dia, segundo especialistas. Entendeu? Então com os cuidados certos e muita atenção, esse tal de rotavírus deixa de ser preocupação!
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