Salgueiro e Grande Rio se destacam em noite prejudicada pela chuva
Temporal atrapalhou o desempenho das primeiras escolas da agremiação
Carnaval 2015|Do R7
Em época de seca, pega até mal criticar a chuva. Mas o fato é que ela foi a vilã da primeira noite (15) de desfiles do Grupo Especial carioca. Diversas escolas tiveram fantasias, alegorias e performances alteradas por causa da água que caiu torrencialmente. Até por causa disso, Salgueiro e Grande Rio, as últimas a desfilar, foram as menos afetadas — embora a primeira também tenha atravessado parte da avenida debaixo d’água.
A comissão de frente das duas escolas foram os destaques dos desfiles. No Salgueiro, um tecido de LED surpreendeu e emocionou o público. Na Grande Rio, truques de ilusionismo deixaram a coreografia leve e divertida.
O Salgueiro cantou a história da culinária mineira de forma muito rica culturalmente e plasticamente. O samba ajudou a manter a vibração da escola em alta. Já na Grande Rio, a história do baralho foi contada sem erros na avenida.
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A expectativa foi grande para o desfile da Mocidade Independente de Padre Miguel, que marcou a estreia de Paulo Barros. A escola deu o mesmo show que o carnavalesco costumava dar na Unidos da Tijuca, onde foi campeão diversas vezes. A tradicional Verde e Branco é outra que pode brigar pelo título. Veja como foram os desfiles.
Viradouro
Primeira escola a desfilar na noite deste domingo (15), a Unidos do Viradouro sofreu as consequências da forte chuva que caiu sobre a Sapucaí. O temporal estragou esculturas e fantasias, mas não tirou a animação de quem ouviu o samba empolgante da escola. O destaque de Nas Veias do Brasil, é a Viradouro em um Dia de Graça ficou por conta da participação de Juliana Paes na comissão de frente, que mostrou a chegada dos representando a chegada dos negros no Brasil.
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Veja fotos do desfile da escola
Mangueira
A Mangueira, segunda escola a desfilar na noite deste domingo (15), defendeu o enredo “Agora, Chegou a Vez, Vou Cantar: Mulher da Mangueira, Mulher Brasileira, em Primeiro Lugar”. Ao longo de 35 alas, a agremiação cantou as mulheres que fizeram história no Brasil. Mãe Menininha, Chica da Silva e Tia Fé, uma das mais emblemáticas do Morro de Mangueira. Mulheres que tiveram papel transformador nas artes, como Chiquinha Gonzaga, Carmen Miranda, Clara Nunes e Dalva de Oliveira também foram outras lembradas. Por fim, a homenagem a Dona Zica, mulher de Cartola.
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Mocidade
A Mocidade Independente de Padre Miguel foi a terceira agremiação a pisar na Sapucaí, já na madrugada de segunda-feira (16). O desfile marcou a estreia do carnavalesco Paulo Barros. O enredo Se o Mundo Fosse Acabar, me Diz o que Você Faria Se Só te Restasse um Dia? foi baseado na música O Último Dia, de Paulinho Moska e Billy Brandão. Como já é marca de Barros, não faltaram alegorias vivas e efeitos especiais na avenida. No abre-alas, iluminação 3D simulava um meteoro explodindo os vários monumentos do mundo. A Verde e Branco terminou o desfile com gritos de “É Campeão”.
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Vila Isabel
Quarta escola a desfilar na madrugada de segunda-feira (16), a Vila Isabel homenageou o maestro Isaac Karabtchevsky, que dedicou a carreira para popularizar a música clássica. A comissão de frente impressionou o público com acrobatas canadenses representando notas musicais e fazendo coreografias em uma cama elástica em forma de piano. Ao longo de 32 alas, a escola passou pelas obras dos compositores brasileiros Carlos Gomes e Heitor Villa-Lobos, além de grandes óperas regidas pelo maestro. Martinho da Vila desfilou no último carro, representando o renascimento da agremiação.
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Veja fotos do desfile da escola
Salgueiro
Penúltima escola a entrar na avenida na madrugada desta segunda-feira (16), o Salgueiro contou a história da culinária mineira com o enredo Do Fundo do Quintal, Saberes e Sabores na Sapucaí. Foram 34 alas, que mostraram desde o primeiro tempero brasileiro, usado pelos índios, às delícias tradicionais mineiras, com direito a cheiro de café na avenida. Na comissão de frente, a surpresa ficou por conta de um tecido de LED, que formou um telão, um pavilhão e um manto sagrado.
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Grande Rio
Última escola a atravessar a Sapucaí, a Grande Rio mergulhou no mundo do baralho. A comissão de frente usou truques de ilusionismo para simular uma guilhotina cortando a cabeça dos bailarinos. Em outro número, os integrantes da ala pareciam se transformavam em duas pessoas. Foi o ponto alto da escola. Outro destaque foi a última alegoria, que trouxe a velha guarda participando de um jogo de carteado.
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