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Não há como explicar uma despedida

Até onde sei|Eugenio Goussinsky

Há um momento em que as lágrimas viram sal

O mesmo da despedida do que um dia foi um casal

Dois homens conversam numa banca de jornal

Uma conversa que passa, um bate papo banal


Há situações em que tudo se resume a um instante

Um jogo cheio de história, o sorriso da amante


Na rotina de lapidar cada detalhe é determinante

Reluz e se vai etéreo, como o brilho do diamante


Ninguém consegue no mundo dizer tudo o que pensa

Acumula um monte de frases, falar não compensa

Ninguém consegue controlar aquilo que diz o tempo

É como se um menino tentasse agarrar o vento

A lua no sereno vê de cima todos os lados

Na luz prateada explodem bilhões de sonhos dourados

Que aparecem e se despedem, nas ruas e nos prados

Em todo o tipo de encontro, ao acaso e os marcados

Depois, talvez nunca mais se verão

Nem na primavera, nem no verão

E verão que a primavera dos desejos

É a mais bela solidão

No querer estar ao lado

Na vontade de falar sem poder

Na amizade que brota em olhares

Mas precisa se esconder

Querer abraçar, falar, tocar,

E nem conseguir conversar

Compromissos e conveniências

Cada um navega em seu mar

Mas uma coisa fica

E permite continuar

Para sempre insistindo

No silêncio que é amar

Em todos os dias

Entre todas as pessoas

O braço que abraça lá longe

A fala que alcança o infinito

As mãos que acariciam sem toque

Os olhos que enxergam por dentro

A memória que nunca se traduz

A continuidade de cada cumprimento

Após cada afastamento

Em todo o tempo

Em cada momento

Se chama sentimento

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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