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Cinema de Segunda

‘A Substância': por que filme com Demi Moore é um dos melhores do ano

Longa ganhou prêmio em Cannes e faturou US$ 45 milhões nas bilheterias

Cinema de Segunda|Lello LopesOpens in new window

Demi Moore em cena de 'A Substância' Divulgação

A Substância é um sucesso. O filme com Demi Moore, que está em cartaz nos cinemas desde a metade de setembro, é uma das maiores surpresas da temporada. E com razão: o longa de Coralie Fargeat é bem intrigante.

Premiado como o melhor roteiro do último Festival de Cannes e com uma bilheteria de US$ 45 milhões ao redor do mundo, A Substância é definitivamente um dos melhores filmes do ano. E, além do cinema, agora também está disponível no streaming, pela Mubi.

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Mistura de ficção científica com horror corporal, A Substância conta a história de Elisabeth Sparkle (Moore), uma ex-estrela de Hollywood em decadência na carreira. Demitida de um programa de TV ao completar 50 anos, ela topa usar uma substância misteriosa que vai libertar Sue (Margaret Qualley), a sua versão mais jovem e bonita.

O filme aborda dois problemas atuais: o preconceito contra mulheres mais velhas na indústria do entretenimento e a pressão para se chegar a uma intangível beleza perfeita. Poderia ser uma grande palestrinha, mas, com habilidade, a diretora deixa a narrativa empolgante.


Nada no filme é sutil, o que nesse caso é uma virtude. As referências são explícitas e variam de clássicos do terror (como O Iluminado, Carrie: A Estranha, O Homem-Elefante e A Mosca) ao infame produtor Harvey Weinstein.

O clima de pesadelo é completado pelas cores vibrantes, pela edição esperta e por um gore que, quando aparece, é impactante. A mistura dos elementos faz de A Substância uma obra claramente inspirada por David Cronenberg e David Lynch, sem perder a própria essência.


E ela só funciona graças à entrega total das atrizes. Demi Moore, que assim como a sua personagem por anos sofreu a pressão pelo ideal do “corpo perfeito”, literalmente se despe de todas as amarras para dar vida à Elisabeth.

A química com Margaret Qualley funciona muito bem. Elisabeth e Sue são o reflexo de uma sociedade que vai apodrecendo com as suas próprias decisões, até aflorar a monstruosidade que existe dentro de cada um.


O final perturbador talvez não agrade todo mundo, mas com certeza vai provocar algum tipo de reação no espectador. O que, numa época em que o conteúdo que nós consumimos parece cada vez mais padronizado, é um feito e tanto.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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