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Garagem R7

Honda HRV oferece conforto e segurança, mas preço é salgado

Versão EXL, com motor 1.8 de 16 válvulas e câmbio automático CVT, não sai por menos de R$ 136,7 mil

Garagem R7|Do R7

Honda HRV: prazer e segurança ao dirigir ao custo de mais de R$ 133 mil
Honda HRV: prazer e segurança ao dirigir ao custo de mais de R$ 133 mil

As três montadoras japonesas que mais vendem no país – Honda, Toyota e Nissan – já conquistaram a confiança do consumidor por aqui. Prova disso é o número de emplacamentos dessas empresas nos rankings oficiais. O Honda HR-V não foge a essa regra e caiu nas graças do brasileiro, ainda que o mercado nacional de veículos tenha sido contaminado, indiretamente, pela pandemia e não esteja tão aquecido como antes.

A reportagem acelerou por 1.000 km, entre estrada e cidade, a versão EXL, com motor 1.8 aspirado de 16 válvulas e o famoso câmbio automático CVT (aquele que mal dá para perceber a troca de marchas). De olho no consumo, o carro fez 12 km por litro na estrada com gasolina. Quando abastecido com etanol, a média caiu para 11 km por litro.

Ar-condicionado digital disponível na versão EXL
Ar-condicionado digital disponível na versão EXL

A segurança e o conforto a bordo do SUV são indiscutíveis e agradam a quem quer que esteja dentro do carro.

Quanto à tecnologia, o HRV ganhou alguns mimos da versão 1.5 Touring e ficou mais refinado. Porém, levar para casa a versão EXL, um pouco menos equipada que a Touring, custa ao menos R$ 136,7 mil - veja fotos ao final da matéria.


Com o anda-e-para das grandes cidades, o conforto do câmbio automático CVT permite dirigir sem percalços. Dificilmente, você sente uma mudança na transmissão. Essa mesma observação, vale para a estrada, onde o câmbio de 7 velocidades brilha tanto para quem acelera como para os demais ocupantes.

Do lado de fora, o HRV EXL ganhou alguns itens que só eram observados na versão 1.5 Touring. Adotou conjunto ótico full led (faróis alto, baixo e de neblina, luzes de rodagem diurna e lanternas traseiras) e um novo jogo de rodas, que o diferencia, junto com o Touring, das demais versões, mais baratas.


No detalhe, o câmbio CVT; partida no botão, porém, somente na versão Touring
No detalhe, o câmbio CVT; partida no botão, porém, somente na versão Touring

A dirigibilidade do HRV 2021 é um ponto positivo. O isolamento acústico, mesmo em alta velocidade, se destaca, bem como o conforto dos largos bancos do passageiro e motorista. Para quem vai do banco de atrás, não há problemas em esticar as penas – portanto, o espaço interno é razoável.

O acabamento interno vai na mesma linha: dificilmente você deixa de perceber a qualidade do couro dos bancos, o revestimento das portas e do console e a harmonia do estofamento com o painel – com sua característica inclinação para facilitar o acesso do motorista a todos os botões.


Tudo isso para chamar a atenção de um comprador que busca a boa relação custo-benefício, uma vez que o HR-V deverá mudar completamente de cara a partir de 2022. A versão repaginada já é uma realidade na Europa e desembarcará por aqui com aposta alta no futurismo, com design muito mais arredondado.

Central multimídia do HRV parece atrás dos rivais
Central multimídia do HRV parece atrás dos rivais

Por outro lado, a central multimídia do HRV se apresenta um tanto defasada em relação aos concorrentes. A tela, de 7 polegadas e que permite o espelhamento de smartphones com sistema Android e iOS, fica atrás de rivais que já inovaram nesse quesito. Sensível ao toque, a resposta não é imediata (há um mínimo delay).

Outro ponto que merece destaque é o computador de bordo, limitado a gráficos analógicos e que poderia já ter sido modernizado. Faz falta também o já comum alerta de colisão com frenagem automática – sistema presente em alguns concorrentes. Para completar, um mimo que faz diferença para o comprador mais exigente é a chave presencial com botão de partida. Esse item ainda não é realidade no HRV EXL – para muitos, apenas detalhe.

Prestes a sofrer uma mudança considerável de design e chegar totalmente repaginado em 2022, o HRV tem concorrentes fortes na categoria: Jeep Renegade, Chevrolet Tracker, Hyundai Creta, Jeep Compass, VW T-Cross, VW Nivus, Nissan Kicks e Renault Duster.

Mesmo com um páreo tão disputado, o HRV é o SUV japonês mais vendido do Brasil, com 13.182 unidades emplacadas de janeiro a abril. Diante dos demais concorrentes, porém, aparece na 7ª colocação, em um ranking liderado com folga pelo Renegade (25.744 unidades vendidas em 2021). Para encostar de novo na ponta, o HRV depende da confiança do comprador. E isso pode vir justamente do custo-benefício do SUV.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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