Protetores de animais, os heróis que escolhem a vida na tragédia no Rio Grande do Sul
Incansáveis, eles arriscam suas vidas para salvar os bichos que ficaram para trás
A tragédia do Rio Grande do Sul está mostrando para muitas pessoas o amor que os protetores têm pelos animais. Incansáveis, arriscam suas vidas para salvar os bichos que ficaram para trás.
Um dos vídeos que eu postei nas minhas redes sociais foi da Deise Falci, que está fazendo um trabalho impressionante, como outros defensores dos animais, incansáveis na missão de resgatar. De barco, ela nos emociona com seus relatos e registros e, como tantos outros, precisa de ajuda para continuar.
Na sexta, o amigo Luiz Scalea embarca também para Porto Alegre para reforçar o time das equipes de resgate. A prefeitura de Santa Cruz do Sul levou os animais resgatados pelos voluntários, bombeiros e polícia para o Parque da Oktoberfest e para o Centro de Bem-Estar Animal e, por WhatsApp, está ajudando famílias a identificar seus pets.
No Instagram, as contas @caesresgatadoscanoas e @caesresgatadosgravatai postam fotos dos animais que foram salvos e estão nos abrigos para que os tutores possam buscá-los. Eles pedem ajuda porque são centenas e precisam de caminhas e todo o apoio possível. A estrutura para receber todos os animais foi montada em um dia pelos voluntários.
O pessoal do Grupo de Resposta a Animais em Desastres, o @grad_brasil, também está lá, num trabalho sem intervalos para salvar o maior número possível de vidas.
Estou citando aqui apenas alguns dos protetores e grupos de voluntários que lá estão, mas são muitos e todos precisam de ajuda.
São muitas e fortes, algumas difíceis de assistir, as imagens dos animais presos nas casas, feridos e, muitos deles, já encontrados sem vida. Ao mesmo tempo, os reencontros são um alento para os nossos corações, como de um senhor com uma bolsa de colostomia num barco chorando de felicidade por ter resgatado seus quatro filhos de quatro patas.
Esta tragédia toda mostra como são estes heróis. Eu convido você a ajudá-los da maneira que você puder. Se for possível, com doações. Ou também com seu tempo, com suas habilidades, com seu amor.
E um outro pedido: tente não julgar as famílias que não conseguiram levar seus bichos. Algumas nem conseguiram voltar para suas casas. Eu sei que pra gente que é louco por eles, é difícil. Eu jamais deixaria os meus, mas não vamos julgar, é um cenário de guerra em que famílias perderam pais, mães, crianças e, sim, seus filhos de quatro patas. Agora é hora de cuidar, de amar e, repito, se você puder, de colaborar com aqueles que estão lá trabalhando sem descanso. Eles precisam de apoio para continuar.
Toda vida importa.
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