Dica de Livro: uma jornada entre escolhas e possibilidades em ‘A Biblioteca da Meia-Noite’
Você vai conhecer a história de Nora, que entre a vida e a morte encontra a possibilidade de um metaverso através de livros
Gente, hoje decidi trazer uma dica para vocês. Acho que todos já devem ter parado em algum momento da vida para questionar as decisões que tomaram para chegar aonde chegaram, né? Eu fiz isso algumas vezes, mas sem arrependimentos. Como seria a sua vida se você tivesse escolhido outra profissão? Outra cidade para morar?
Curiosamente estava vasculhando minha biblioteca virtual e achei o livro A Biblioteca da Meia-Noite, de Matt Haig. Gostei tanto que o li em três noites. E espero que vocês possam lê-lo e que tenham a mesma impressão. Mas para aumentar a tua curiosidade resolvi trazer a minha impressão.
É um livro que nos faz refletir sobre as infinitas possibilidades que nossas escolhas podem abrir ou fechar ao longo da vida. Matt nos apresenta a Nora Seed, a protagonista, que enfrenta uma crise existencial. Um momento crítico, onde a vida parece não ter mais sentido (todos já passamos por isso, não?).
Aos 35 anos, ela se vê cercada por arrependimentos e sonhos não realizados, algo sempre atual. Só que Nora chega a um ponto, após algumas tragédias, em que decide tentar acabar com tudo. E entre a vida e morte, descobre a Biblioteca da Meia-Noite (não vou detalhar, vale muito a pena entender esse trecho do livro).
Mas posso resumir que Matt Haig faz um desenho brilhante de uma biblioteca de possibilidades que leva Nora a explorar as várias vidas que ela poderia ter vivido se tivesse tomado decisões diferentes. Mudar de país, viver da música, reatar relacionamentos.
Cada livro na biblioteca representa uma versão alternativa de sua vida, oferecendo a chance de experimentar o que hoje poderíamos falar de “metaverso de nós mesmos”.
A narrativa é ágil e repleta de gatilhos emocionais. Tudo vai dependendo do que você já viveu. Por exemplo: em um dos capítulos, Nora reflete sobre como a busca incessante pela vida perfeita. Algo que pode nos cegar para as belezas e oportunidades presentes em nossa realidade atual. É a máxima da Felicidade, aonde ser feliz é entender que o sentimento máximo não está no final e sim no somatório do que temos vivido ao longo do caminho.
Haig também aborda temas como a depressão e o sentido da vida com sensibilidade e empatia.
Segundo critica feita pelo The New York Times, o livro traz “um cenário de possibilidades ilimitadas, de novos caminhos trilhados, de novas vidas vividas, de um mundo totalmente diferente disponível para nós de alguma forma, em algum lugar, pode ser exatamente do que precisamos nesses tempos difíceis e turbulentos.”
A leitura acessível e envolvente permite que os leitores se conectem facilmente com Nora e suas experiências. Somos levados a questionar, através de suas aventuras na biblioteca, quem somos, como encaminhamos nossas próprias vidas e a pensar no que realmente importa.
Posso dizer que A Biblioteca da Meia-Noite é uma celebração das possibilidades da vida e um grande e delicioso convite para abraçar nossas imperfeições. A jornada de Nora nos ensina que, embora não possamos mudar o passado, podemos sim e sempre influenciar nosso futuro através das escolhas que fazemos hoje ou das decisões que podemos ter amanhã.
É um livro que fala de infinitos, de possibilidades, que podem deixar em você aquela sensação de esperança e de renovação. Que independentemente das nossas escolhas, nada é imutável e que ainda temos o poder de moldar nosso próprio destino, a qualquer momento.
A Biblioteca da Meia-Noite é, para mim, uma leitura ótima para o seu fim de semana e para quem busca um pouco mais de inspiração para a vida. Quero seu feedback me contando o que achou.
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