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Entre a Gente

A diferença do passado e o sabor do futuro

A junção de distintos períodos pode ser um momento muito especial. E foi.

Rafael Ferraz|Rafa FerrazOpens in new window


Entrada

Um certo artista brasileiro sempre cantou em seu repertório que “os momentos mais bonitos na lembrança, não vão se apagar”. Décadas depois comprovei a certeza dessa canção. Mas, fica aqui um questionamento, será que somos feitos de passado ou de uma esperança de vivências futuras? Fato é que podemos ser a mistura das duas perguntas. Isso se você optar por isso.

Escrevo este texto de dentro de um carro, indo para um restaurante Noah (@_gruponoah), na avenida paulista, que há tempos queria conhecer. O motivo de não ir antes é porque pensava muito no passado. Tinha receio de apostar no novo, no diferente, no futuro. E se tratando de mudanças, de aberturas, de sabores não tão comuns para mim, tomei a decisão de experimentar coisas diferentes.

Confesso que eu sou uma pessoa que sempre escolhe o que já deu certo. Acredito que é o medo de me decepcionar com o paladar. Mas, fui de cabeça aberta. Quando chegamos ao Noah, fomos recebidos de forma especial, a mesa já estava preparada. Parecia que ela estava ali o dia inteiro nos esperando.

Chef Dani

Só tive acesso ao cardápio momentos antes de degustá-los. Quem me contou? A chef Dani Stephanelli de Lazari (@delazaridani). O sorriso de Dani é o primeiro a nos acolher. Ela fez questão que fosse uma noite especial de muitas provas. Detalhe, ela já tinha separado algumas opções para que a escolha fosse nossa. Mas, o melhor foi pedir para que ela escolhesse.


Enquanto a entrada não chegava, ficamos com música ambiente de orquestra, além da companhia distante dos outros clientes, que de forma sucinta e baixa, também vivenciaram cada experiência. Era incrível, não dava para escutar nem se quer uma palavra do que estavam conversando.

Entrada chegou instantes depois. Já na mesa, a salada abriu o apetite só de olhar. Mas, um detalhe me chamou atenção: o palmito era um deles, que não comia há mais de 15 anos. Mas admito, ele combinou com o cogumelo fatiado, a cenoura, a cebola rocha e o rabanete. Minhas lembranças ruins com esses ingredientes ficaram para trás. É que na minha boca eles se conversaram pela primeira vez, acompanhados de um molho com limão e azeite.


prato principal

Já no aguardo do prato principal, já sabia que não iria me decepcionar. Era um filé mignon caprese. Na descrição afirmava que vinha nhoque. Na minha mente viria algo cozido, mas ele chegou de uma forma inesperada. Foi cozido e depois frito em tamanhos pequenos, ótimo para espetar e comer. Já a carne suculenta, ao ponto, e com queijo búfala por cima. Era impossível comer os dois separados.

Ou seja, eles foram separados para a cozinha, mas dali, era quase um crime não deixá-los juntos. Para finalizar, experimentamos uma sobremesa adaptada ao paladar brasileiro. O famoso petit gâteau, ao invés de ser de chocolate, era de goiaba. O doce intenso foi quebrado com o acompanhamento de um sorvete de queijo. Parecia loucura pensar, mas seria esse uma releitura do Romeu e Julieta?


Por fim, saímos do Noah com a expectativa de voltar um dia, para viver novos momentos e sabores diferenciados.

Sobremesa

Entrada: DA HORTA

Mix de folhas, crocante de rabanete, bastonetes de cenoura, cogumelo, tomate-cereja, picles de cebola e palmito ao molho lima limão.

Prato principal: FILÉ MIGNON CAPRESE

Filé mignon grelhado em crosta de tomates e manjericão, nhoque de batatas grelhado, mozzarella de búfala e rúcula.

Sobremesa: PETIT GÂTEAU DE GOIABA

Petit gâteau de goiaba com gelato artesanal de queijo e calda de goiaba.



Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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