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Entre a Gente

Melodia calma, um risoto com filé mignon e o preço de ser sozinho em São Paulo

Risoto de parmesão, mignon e azeite trufado dão o tom da elegância no Doro, em São Paulo

Rafael Ferraz|Rafa FerrazOpens in new window

Risoto de parmesão, mignon e azeite trufado do Doro, em São Paulo Rafael Ferraz

La Vie En Rose toca calmamente em uma caixa de som no restaurante que visito hoje. Cheguei cedo, fui o primeiro cliente deste domingo. Sozinho, me sento na mesa inicial e já peço um Malbec argentino para me dar boas-vindas. Poucos instantes depois o garçom me traz o cardápio e não tenho dificuldade para escolher.

Ficar sozinho é um caminho sem volta ou não?! Eu tento escolher uma das vias, mas é difícil entender a minha mente. Desde que passei a ser sozinho em São Paulo, tenho refletido bastante sobre minhas atitudes e desejos. Ser sozinho me dá a liberdade de fazer as escolhas que eu bem quiser. Mas, isso tem o seu preço.

O preço de não ser amado é algo muito caro. Na mesa ao lado, o contraste. É que chegou neste momento um casal com um pouco mais de 50 anos de cidade. Ambos de cabelos brancos, eles conversam sobre gastronomia.

Coincidência ou não, o papo parece não ter fim. Agora, eles emendaram em outros temas nem tão importante. Mas, o assunto pouco importa, o interessante mesmo é a conexão entre os dois.


Conexão que não se encontra quando se é sozinho. Percebeu que em pouco tempo eu te mostrei o melhor dos dois mundos? Tenho refletido sobre isso.

Eu sonho um dia ter essa conexão. Mas, pra isso não pode ser qualquer pessoa. É preciso haver liga, reciprocidade, interesse, prioridade… posso citar inúmeras palavras aqui que não saberá o que sinto nesse momento.


Amor é uma liga, assim como a junção de ingredientes pra que um prato seja único e saboroso. Assim como este que te apresento hoje: um risoto de parmesão com picadinho de mignon grelhado e azeite trufado.

O nome longo condiz com a experiência única. Mas, antes de te detalhar, queria só acrescentar que a música já é outra. Pouco importa o nome, mas a melodia ainda continua calma.


O prato é italiano a base de arroz carnaroli, com caldo de vitela, parmesão e manteiga, acompanhado de filé mignon grelhado finalizado com azeite trufado.

Além do sabor único, sem colocar em destaque um dos ingredientes, ainda foi colocado num prato de mármore. Ele veio quente, pra não esfriar a comida.

Um prato pra ser apreciado sozinho ou com quem você deseja compartilhar. O restaurante é o Doro, uma pequena fachada em Perdizes, zona oeste de São Paulo, que esconde a imensidão de sabor por dentro de paredes antigas. Vale a pena.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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