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Entre a Gente

Um almoço num ‘kafé' especial para dar valor à vida

É preciso inovar e experimentar uma vida diferente. Vem aí uma nova fase

Rafael Ferraz|Rafa FerrazOpens in new window

Shogayaki

Num sábado frio e com pouca chuva, o dia começa mais animado do que de costume. Queria que fosse um momento legal e especial. É que ontem uma amiga me liga e conta uma notícia triste, de que teria que passar por uma cirurgia delicada depois de descobrir um problema de saúde.

Os sentimentos são os mais variados possíveis quando recebemos uma notícia triste. Mas, afinal, será que damos valor à vida? Sempre fico me questionando sobre isso. De vez em quando ponho na cabeça que sempre posso ter mais, e não curto o instante ou detalhes pequenos que passam no meu dia a dia.

Tomei a decisão de que quero aproveitar o diferente, de me testar em locais que não passei antes e quem sabe aprovar ou desaprovar. Desde que cheguei ao estado de São Paulo, em 2020, tenho feito isso pouco a pouco, e recentemente tenho me colocado à disposição do novo. Junto dessa amiga, eu e Guilherme fomos a um restaurante diferente.

O nome é Botanikafé. Apesar do que você pode pensar, é um local que tem desde café até almoço. Hoje, visitamos a unidade da Barra Funda. O lado bom é que o estabelecimento fica no chão, com vista para quadras de beach tênis. Neste dia gelado, as janelas estavam fechadas. Mas deu pra espiar um pouco o que acontecia do lado de fora por pequenos buraquinhos.


De cara já pedi um chopp gelado. Havia a opção de pedir um frango comum, mas encarei o diferente. O prato se chama shogayaki. É simplesmente uma carne bovina marinada típica japonesa, que vai saquê mirim, molho de ostra, shoyu, alho e gengibre. Pra acompanhar, arroz japonês, gema curada no shoyu, cebolinha e gergelim.

O arroz veio sem sal, típico do que se come no Japão, e que tem uma explicação. A carne é muito temperada, então um balanceia o outro. A combinação perfeita. O valor de R$ 64 valeu a pena. Afinal, não é todo dia que o brasileiro vai comer este tipo de prato. De resto, a conversa e a vontade de conhecer novos lugares continua.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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