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Beija-Flor nega patrocínio de ditadura: "Quem se incomoda é burro", diz carnavalesco

Escola de Nilópolis vence Carnaval do Rio com enredo sobre Guiné Equatorial

Beija-flor|Rodrigo Teixeira, do R7

Nilópolis comemorou o 13º título da Beija-Flor; a quadra ficou lotada com ao menos 8.000 pessoas
Nilópolis comemorou o 13º título da Beija-Flor; a quadra ficou lotada com ao menos 8.000 pessoas

O carnavalesco e presidente da Comissão de Carnaval da Beija-Flor, que conquistou nesta quarta-feira (18) o título de vencedora do Carnaval 2015 do Rio de Janeiro, negou especulações de que a escola tenha sido patrocinada pelo governo ditatorial de Guiné Equatorial. Segundo Fran Sérgio, o patrocínio partiu de empresas brasileiras que atuam no país africano. O carnavalesco afirmou que o governo deu apoio cultural.

— Quem se incomoda com isso é burro. A Beija-Flor é chão. Damos 4.000 fantasias e não se faz Carnaval sem dinheiro (...) Foi um equívoco que cometeram [sobre especulações de que o dinheiro teria vindo do governo da Guiné Equatorial]. O regime do país não interessa, o que vale é a alegria do povo da Guiné e as cores daquele país que são lindas.

O embaixador da Guiné Equatorial no Brasil, Benigno-Pedro Matute Tang, também negou que o país tenha financiado o desfile.

— Foram financiadores culturais. Um deu 50 euros, outro deu 100 euros. Não temos como saber quanto cada um deu, o valor exato. O governo não tem nada a ver com isso. Somente pessoas do meio cultural (...) O que a imprensa divulgou é uma soma muito excessiva. Se quiserem, podemos verificar e fazer a estimativa em detalhes em vez de falar no ar. 


Segundo o embaixador, autoridades do país vieram acompanhar o desfile com uma comitiva de quase 40 pessoas, incluindo o vice-presidente, Teodoro Nguema Obiang Mangue, e alguns ministros. O presidente Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, contudo, não viajou ao Brasil "por questão de agenda", disse o embaixador.

Campeonato da Beija-Flor não representa vitória da ditadura de Guiné Equatorial


Veja como ficou a classificação geral

Fran Sérgio afirmou que o grito de campeã estava "engasgado, entalado" e destacou a força da comunidade de Nilópolis, na Baixada Fluminense.


— Não me venha dizer que essa comunidade não tem emoção. A alegria está no sangue do povo de Nilópolis. A Beija-Flor é uma escola que merece respeito. Ela mantém a tradição do Carnaval de sempre.

Após a conquista do 13º título, a quadra da escola foi tomada por festejos e ficou lotada. A capacidade do lugar é de 8.000 pessoas. A direção ofereceu aos componentes 20 mil latinhas de cerveja para brindar a vitória.

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