Empresas suspendem negócios na Rússia por causa da guerraFlipar|Do R705/04/2022 - 10h00 (Atualizado em 03/04/2024 - 20h03)twitterfacebooklinkedinwhatsappgoogle-newsshareAlto contrasteA+A-A Rússia, ao declarar guerra à Ucrânia, comprou briga também com grandes empresas que se manifestaram contrárias ao conflito. Resultado: mais de 300 empresas deixaram de operar no país. São empresas de vários segmentos: tecnologia, finanças, alimentos, moda, esporte, etc. Até mesmo gigantes mundiais, que têm milhares de empregados, fizeram questão de enfatizar o repúdio à guerra, mesmo tendo que reduzir os lucros. O McDonald's anunciou que deixa temporariamente o país, mas manterá os salários dos funcionários: 62 mil pessoas em 847 lanchonetes. A Rússia representa 9% do faturamento da empresa - portanto, foi uma decisão ousada. Outras gigantes do ramo de alimentos e bebidas também entraram no boicote. A Starbucks, cafeteria espalhada por vários países, cancelou todas as atividades comerciais na Rússia, incluindo o envio de produtos administrados por um licenciado. A Coca-Cola também parou de fornecer para a Rússia. “Nossos corações estão com as pessoas que sofrem os efeitos inconcebíveis dos trágicos eventos na Ucrânia. Continuaremos monitorando e avaliando a situação à medida que as circunstâncias evoluem”, declarou a direção da empresa. A PepsiCo também anunciou sua retirada da Rússia logo depois de a Coca-Cola ter divulgado seu comunicado. A empresa declarou que seguirá oferecendo apenas produtos essenciais no país, como leite e fórmulas infantis. O esporte também sofreu abalo. A Fifa e a Uefa descartaram a Rússia nas competições. A seleção não vai mais para a Copa nem pode participar de campeonatos europeus. A Adidas suspendeu o contrato de fornecimento de material esportivo para a RUF (União Russa de Futebol). Nike - A famosa marca de material esportivo fechou todas as lojas na Rússia. Grandes fabricantes de veículos aderiram à represália. A montadora sueca Volvo suspendeu as exportações para o mercado russo. A Ford também anunciou que decidiu deixar os negócios com o país. A BMW suspendeu a exportação de veículos novos para a Rússia e parou de colaborar com o construtor russo Avtotor, que montava BMW na fábrica em Kaliningrado, com especificações próprias para o mercado local. Empresas aéreas também tomaram medidas drásticas. A fabricante de aviões americana Boeing fechou seu escritório em Kiev; suspendeu as atividades na unidade de treinamento de voos em Moscou; e suspendeu as compras de titânio da Rússia, onde fica sua principal fornecedora, a VSMPO-AVISMA. O consórcio europeu Airbus seguiu a Boeing e anunciou que não venderá peças às companhias russas nem fará manutenção de suas aeronaves. A decisão afeta quase 100% da frota da Aeroflot. A fabricante brasileira Embraer também interrompeu serviços de manutenção e negócios em andamento com a Rússia. Segundo a empresa , os aviões que pertencem às companhias aéreas locais não terão mais peças e profissionais à disposição para reparos e outras atividades. A área de tecnologia de comunicação também sofreu um baque. A Sony rompeu as vendas na Rússia. E anunciou que jogos como Gran Turismo 7 não serão mais comercializados, assim como as operações da Playstation Store e a venda de consoles. A Apple deixou de operar na Rússia, atendendo a pedido do vice-primeiro-ministro da Ucrânia, Mykhailo Fedorov. Ele solicitou que a empresa colaborasse na pressão para que os russos desistam da guerra. A HMD Global suspendeu a venda de smartphones da Nokia na Rússia. A plataforma de streaming Netflix começou interrompendo a produção de quatro filmes e séries originais da Rússia. E depois ampliou a rejeição ao país, com uma suspensão completa dos serviços. A Disney suspendeu as atividades na Rússia e ainda anunciou que daria apoio a ONGs e refugiados. A Warner, que lançaria O Google parou de vender publicidade online na Rússia, uma decisão que abrange buscas, YouTube e parceiros de publicação externos. O Goldman Sachs foi o primeiro grande banco de Wall Street a interromper suas operações na Rússia, após a invasão da Ucrânia por Moscou. O Banco de Compensações Internacionais (BIS) suspendeu o Banco Central russo de todos os seus serviços. Os cartões American Express, Mastercard e Visa emitidos por bancos russos não são mais suportados pelas redes das empresas, enquanto os emitidos por outros bancos estrangeiros deixaram de funcionar em comércios ou caixas eletrônicos russos” google-newsfacebooktwitterwhatsapplinkedinshare