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Conheça o Pêra-Manca, o vinho que Pedro Álvares Cabral trouxe para o Brasil

Vinho amado pelos brasileiros tem uma história notável

Contra Rótulo|Dado LancellottiOpens in new window

Pedro Álvares Cabral celebrando o "descobrimento" - Imagem criada por IA via Visual Electric

O dia 22 de abril é a data que ficou conhecida como “Dia do Descobrimento do Brasil”, quando os portugueses chegaram aqui, no ano de 1500. Eis um vinho que tem tudo a ver com esse dia que será lembrado em breve.

CAPÍTULO 1, A LENDA MEDIEVAL:

Era 1365 e uma aparição da Virgem Maria a um pastor foi responsável por estabelecer um local de peregrinação religiosa nas imediações de Évora, no Alentejo, sul de Portugal, entre o rio Tejo e o Algarve.

Algum tempo depois, esse lugar se tornou a sede de uma igreja da Ordem de São Jerônimo e do Convento do Espinheiro. Nos séculos 15 e 16, os frades da congregação conservaram vinhas em um barranco com muitas pedras de granito soltas que “mancavam” (oscilavam). Seu nome “Pêra-Manca” surgiu exatamente dessas “pedras mancas”.


CAPÍTULO 2, A ERA DOS DESCOBRIMENTOS:

O vinho era muito famoso na época e foi citado nas crônicas quinhentistas. Dizem que os navegadores portugueses os levaram a bordo das naus rumo às Índias e que Pedro Álvares Cabral embarcou alguns barris nas caravelas que desembarcaram por aqui, no Brasil. Seria este o vinho que ele brindou com os indígenas e que Pero Vaz de Caminha relatou em uma das suas famosas cartas.


CAPÍTULO 3, O RENASCIMENTO:

No século 19, a Casa Agrícola José Soares produziu durante anos um vinho com o nome Pêra-Manca. Em 1920, com a morte do proprietário e a crise da filoxera, a produção cessou.


Em 1987, José António de Oliveira Soares, herdeiro da extinta Casa, deu a marca gratuitamente de presente à Fundação Eugénio de Almeida, determinando uma única condição: que o Pêra-Manca fosse engarrafado com o melhor vinho disponível.

A Fundação, instituição filantrópica e um dos maiores proprietários de terras do Alentejo, foi criada em 1963, mas só produziu seu 1º tinto em 1990.

Anúncio Publicitario Roque Gameiro - Reprodução Adega Cartuxa Reprodução Adega Cartuxa

CAPÍTULO 4, A HISTÓRIA POR TRÁS DO RÓTULO:

O original foi criado a partir da adaptação de um pôster publicitário desenhado por Roque Gameiro no século 18. O tinto é mais prestigiado que o branco e foram feitas apenas 17 edições dele, um vinho produzido apenas quando todos os requisitos de excepcional qualidade se cumprem. São elas: 1990, 1991, 1994, 1995, 1997, 1998, 2001, 2003, 2005, 2007, 2008, 2010, 2011, 2013, 2014, 2015 e 2018.

A partir da safra de 2003, a imagem tradicional e colorida do rótulo foi alterada. Os fãs mais conservadores não se conformaram com a mudança e com o monocromático da nova arte, criada por Bill Sanderman, ilustrador inglês especialista em gravuras clássicas de água-forte, que a executou a pedido do designer Pedro Albuquerque. Mesmo assim continua um campeão de vendas.

Os 2 rótulos de Pêra-Manca - Reprodução Instagram @adegacartuxa Reprodução Instagram @adegacartuxa

Pêra-Manca, um favoritaço dos brasileiros! Saúde e bons vinhos🍷!

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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