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Franciny Ehlke conta como superou o cancelamento e fez R$ 10 mi no 1º mês da sua marca

Influenciadora compartilhou sobre o começo da jornada e os próximos passos do negócio

Makes e Afins|Mariana MorelloOpens in new window


Influenciadora é conhecida pelos glosses que aumentam os lábios Divulgação/Franciny Ehlke

Cada vez mais influenciadoras estão se aventurando como empreendedoras e criando marcas de beleza e lifestyle. Um dos maiores nomes do setor das “instabrands” brasileiras é a curitibana Franciny Ehlke, que lançou a FRAN By FR em 2021, em um mundo que estava começando a deixar os traumas da pandemia para trás.

Antes da marca, a influenciadora já havia tentado se aventurar na venda de cílios postiços. Porém, o resultado não foi o desejado. Em meio a polêmicas, críticas e o famoso “cancelamento”, ela precisou recalcular a rota. E foi aí que a FRAN surgiu.

O começo foi difícil, ainda mais com a falta de credibilidade em um mercado comandado por quem não conhecia seu trabalho na internet. Mas, logo no primeiro mês, a surpresa: um faturamento de R$ 10 milhões.

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Em entrevista ao Makes & Afins, Franciny conta um pouco sobre o começo da marca, dificuldades encontradas no caminho e os próximos passos do negócio.


Confira nosso papo abaixo na íntegra:

Dar um passo tão grande quanto começar uma marca de cosméticos do zero, ainda mais após um primeiro empreendimento que não deu certo, pede muita coragem. De onde partiu essa iniciativa de tirar a FRAN by FR do papel?


Eu creio que partiu do momento que percebi que um influenciador ali tem um público, uma audiência com muito potencial para ter um produto com o seu nome e ser algo rentável.

Comecei a sentir que as marcas de maquiagem no Brasil não estavam valorizando tanto o meu nome, não valorizando tanto os influenciadores e o potencial de venda que eles têm, além da diferença que eles fazem para a marca. Então eu achei que fazia mais sentido eu ter a minha própria, do que ficar dependendo de uma publicidade de uma ação ali para a rentabilizar.


Presença do FR nas embalagens virou identidade da marca Divulgação/Franciny Ehlke

No começo, quando você foi selecionar os primeiros produtos a serem lançados, você escolheu de acordo com o que via necessidade no seu dia a dia, ou veio também de uma solicitação do público?

Acredito que a solicitação partiu do que eles viam que eu usava muito. Eles nunca pediram um produto que não fazia parte da minha rotina. Então passava ali a base, passava iluminador, eles pediam o que viam eu usando e o que eu ensinava eles a usar.

E, claro, também de uma pesquisa para ver do que a mulher brasileira gosta e tudo mais. Acredito que trouxemos coisas muito certeiras na maquiagem para o dia a dia, coisas que as pessoas usam todo dia. São produtos muito versáteis.

Qual foi a maior dificuldade que você encontrou para entrar nesse mercado?

A maior que senti desde o começo foi as lojas entenderem que eu era uma pessoa grande. Normalmente, os donos dessas empresas são homens, um público que não conhece meu trabalho. Por mais que eu já tivesse uns 13 milhões de seguidores, era um público adolescente ali, então eles não tinham dimensão e noção do quanto eu podia vender, do poder do meu nome.

Até porque a gente vê muitos atores e cantores que também têm uma quantidade de seguidores, mas que não entregam o prometido. Então como provar para essas pessoas que eu vendo, sabe?

Foi o que eu mais senti dificuldade: entrar nessas lojas. Nosso sonho sempre foi estar nas lojas físicas. Então eu queria entrar nos pontos pelo Brasil e ver o meu produto ali exposto, e sabia que seria um desafio maior. Sei que o meu consumidor quer comprar, mas sei também que se estivéssemos na prateleira eu abriria uma possibilidade de ficar mais conhecida, da marca se consolidar com mais força. Tem a questão da credibilidade também, do produto físico alcançar pessoas que às vezes não tem nem rede social.

Curitibana faturou R$ 10 milhões no primeiro mês de vendas Divulgação/Franciny Ehlke

Conta o momento mais marcante dessa jornada?

O lançamento para mim foi muito especial, porque eu vivi o FR (logo) a semana inteira. A marca tem um monograma muito forte e eu fiz várias ações, peguei um ônibus e ficou andando pela Avenida Paulista com FR. Então para mim foi muito marcante.

Mas, para ser sincera, eu acredito que o primeiro mês de faturamento, ver o quanto a empresa fez, foi muito marcante para mim. Eu sabia que ia vender, mas eu não tinha noção que convertia nesses números tão altos. Então para mim foi muito marcante e até inspirador, porque eu já estava há uns oito anos fazendo vídeos na internet e eu nunca imaginaria ganhar esse dinheiro, ser milionária com isso. Sempre fiz porque amo.

Mas, ao mesmo tempo, é muito bom saber que, fazendo uma coisa que você ama, e que deu frutos financeiros, tu pode ajudar a sua família. Foi muito marcante esse primeiro mês que me deixou mais confiante e mais empoderada. Na época a gente compartilhou e foram R$ 10 milhões que a empresa fez.

O que diria para a mulher que deu aquele primeiro passo lá atrás e hoje chegou onde nunca tinha imaginado?

Acredito que falaria para não ficar ansiosa, não ter medo. Porque eu nunca desisti, mas tiveram muitos momentos em que eu me cobrei, tive dúvida. Eu já sonhava com a marca tinha muitos anos. Já era um pedido do público e um desejo meu, mas várias negociações não deram certo e eu fiquei muito ansiosa.

Eu ficava assim: “Será que não é para mim? Será que vai dar certo?”. E aí acho que quando a gente confia no nosso destino a gente fica mais tranquilo. Então hoje a gente até almeja outras coisas, queremos muito ir para fora do Brasil levar marca, mas eu me tranquilizo porque sei que meu destino está traçado e que isso vai acontecer no tempo certo.

Próximos passos da marca envolvem um rebranding das embalagens Divulgação/Franciny Ehlke

Qual é o produto que sempre sonhou e ainda não conseguiu lançar?

Como antes de lançar essa marca tive o e-commerce de cílios postiços, essa é uma coisa que uso muito ainda hoje em dia e tenho vontade de fazer. Estamos atrás do fornecedor certo, mas quero muito colocar cílios na marca.

Quais são os próximos passos da FRAN by FR?

Quando lancei a marca, em 2021, a gente estava terminando uma pandemia ali, todo mundo estava meio que usando máscara sem saber o que ia acontecer. Então a gente fez as cartas — embalagens secundárias — super coloridas, para trazer alegria, mas os meus produtos por dentro sempre foram no preto e branco.

Até foi uma estratégia que funcionou muito, porque como a minha marca estava chegando, a gente tinha que chamar atenção no display nas prateleiras, então o produto colorido fazia mais sentido. Só que achamos que agora não faz mais sentido ter essas embalagens coloridas. Vamos trocar de todos para uma coisa mais clean. E aí, por exemplo, eu faço essas edições limitadas que eu acho lindas e elas continuarão divertidas.

Vou mudar a embalagem de alguns produtos também, vamos melhorar. Acredito que a embalagem deve conversar com o estilo de maquiagem que você quer passar, então sinto a necessidade de deixar mais clean por conta das maquiagens que eu produzo hoje em dia, que são mais básicas mesmo.

E agora vamos parar um pouco de lançar gloss e passar para alguns produtos de pele, trazendo uma diversidade maior.

Já temos qual será o próximo lançamento? Também vai seguir um pedido do público como os glosses sem o “chilli”?

Outro grande desejo do público que você vê nas mensagens e comentários e que tá no radar para ser atendido são produtos para sobrancelha. Estou ainda bem cuidadosa e detalhista nessa formulação porque quero um produto que a minha consumidora use todos os dias e que seja viciada! Mas ainda é para este ano.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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