Já ouviu falar? Homem japonês faz campanha pelo direito de ser fictossexualFlipar|Do R722/09/2023 - 16h57 (Atualizado em 03/04/2024 - 16h46)twitterfacebooklinkedinwhatsappgoogle-newsshareAlto contrasteA+A-O japonês Akihiko Kondo, de 40 anos, casou-se em 2018 com Hatsune Miku. O que faz do casamento algo aparentemente incomum é o fato de Miku ser uma artista de realidade virtual. A cantora, que já participou de turnê com Lady Gaga, foi criada pela empresa Crypton Future Media em 2017. Kondo gastou o equivalente a R$ 85 mil para celebrar a união com a personagem virtual. Na cerimônia de casamento, Hatsune Miku teve de ser representada por uma boneca para melhorar o entendimento dos convidados. Desde as núpcias, Akihiko Kondo passou a sentir discriminado, segundo relatou à reportagem da Deutsche Welle. Por isso, o funcionário público de Tóquio decidiu fundar a Associação Fictossexual. A intenção do grupo é combater o preconceito com os chamado fictossexuais e lutar por seus direitos. Fictossexual é como se classifica a pessoa que se sente atraída por um personagem de desenho. Kondo diz que por ora a associação tem quatro membros e deve promover um evento ainda em 2023. Em declaração à agência France Presse, ele derreteu-se de amor: Flipar Ele disse que precisou tirar licença do trabalho por ter sido satirizado por colegas que viam o casamento com estranheza. Flipar O casamento não tem um registro oficial porque a legislação do Japão não reconhece união com personagens virtuais. Ele possui apenas um certificado alternativo feito por uma empresa. Kondo adotou uma rotina de casal com a boneca que representa a personagem, com passeios em cadeira de rodas. Ao DailyStar, o funcionário público diz que se dedica à luta para que os fictossexuais sejam reconhecidos como Flipar Estudo de 2017 da Associação Japonesa de Educação Sexual surpreendeu ao mostrar que 10% dos jovens entre 16 e 29 anos no país admitem ter se apaixonado por personagens de animes (desenhos animados nipônico) ou até de games. Em entrevista à Deutsche Welle, o professor de sociologia Izumi Tsuji ensaiou uma explicação para o fenômeno: google-newsfacebooktwitterwhatsapplinkedinshare