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Maria do Caos

Não adocei a boca e ainda fui parar na polícia

A Maria realizou o sonho de viajar na classe executiva, mas um potinho de mel a levou a um pesadelo

Maria do Caos|Do R7 e Mônica Simões

E aí, Mariasss!

Como passaram a semana? Tudo certo com vocês?

Sei que se divertiram com a história da nossa Maria que foi pra Austrália trabalhar como babá e percebeu que não servia pra coisa. Ela quase perdeu as crianças! hahahhaha

Depois que tudo passou, deu até pra dar risada, mas que perrengue, hein! Conseguem imaginar o desespero da Maria em um país que tinha acabado de chegar? Fora que explicar tudo para polícia em um idioma que não é o nosso deve ser bem mais complicado.


Seguindo a mesma linha, ou seja, perrengue em viagens internacionais, nesta terça vou contar a história de uma Maria que viajou pela primeira vez de primeira classe, mas se esqueceu de verificar as normas do país para onde ela foi. Sim, Marias! Ela se empolgou com mimos que ganhou no avião e aí quis entrar com eles em outro país. Quer saber o final dessa história?

Vem comigo!


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Desde pequena tinha o sonho de viajar de primeira classe. Via aqueles filmes em que a personagem aparecia toda bonitona, deitada naquelas poltronas de avião - chiquérrimas - que deitam inteiras e viram cama, com finos de ouvidos enormes e aquele menu delicioso, digno apenas, da primeira classe.


Bem, nunca tive verba para pagar por passagens com custo muito alto, sempre tentei, mas nunca consegui.

Me formei em comércio exterior e quando completei meus 31 anos, comecei a trabalhar em uma empresa multinacional. Viajei para todos os cantos, mas nunca do jeito que tinha sonhado.

Até que um belo dia, recebi a notícia:

“Maria, você vai pra Santiago do Chile na próxima quinta-feira. As passagens chegam no seu e-mail até as 18h”

Pensei: "ok, ok, mais uma viagem a trabalho onde enfrentarei horas de voo toda apertada, sonhando e desejando estar na parte da frente da aeronave".

Bem, a surpresa veio e veio com tudo. Quando abri meu e-mail e fui olhar as passagens, o susto!

Mariassss do céu! Eram passagens de ida e volta na classe executiva!!! Eu quase caí pra trás! Finalmente, realizaria meu sonho!

Fiquei contando os segundos para o dia da viagem. Escolho um look bem artista de cinema - vestido vermelho, scarpin branco e um casaco de pele por cima. Sim, eu sei que dei uma exagerada! Estava bem cafona, pra dizer a verdade.

Fiz o check-in com dias antes do embarque porque fazia questão de escolher o melhor assento.

Quando chegou o grande dia, estava preparada para viver as oito melhores horas da minha vida dentro de um Boeing.

Lembro como se fosse ontem, entrei naquele avião pisando firme, os comissários de bordo sorriam pra mim. Era como ouvir pássaros cantando aos meus ouvidos. Uma cena que jamais esquecerei!

Fui até meu assento e me senti a própria rainha! Pedi tudo o que vocês possam imaginar. Peguei aquele cardápio todo planejado para uma viagem feliz e vivi uma verdadeira experiência.

Pedi todas as coisas que sonhei! Aí, Mariam que veio o grande erro. Sabe aquela frase que muitos costumam dizer: “O que acontece em Vegas, fica em Vegas”? Então, o que você pede na primeira classe, fica dentro da aeronave:

Eu, ludibriada com tudo aquilo que tinha experimentado, acabei querendo levar como lembrança um ursinho de vidro recheado com mel que não havia comido com as torradas francesas.

Pois bem, enfiei na bolsa e desembarquei. O problema foi quando cheguei na imigração.

Para tudo! Marias, quando chegamos no Chile, assinamos um papel dizendo que não temos nada de alimentos na nossa bagagem. O país proíbe a entrada de qualquer coisa que seja de alimentação por causa de pragas.

Na passagem pela imigração, viram o vidro com mel. Fui parar naquelas salinhas para dar explicações sobre o meu ato criminoso.

Só sei que todo mundo me olhava e, talvez, muitos brasileiros também não sabiam dessa lei porque o que tinha de gente com maçã na mão…

Chegou a minha vez de conversar com o policial e eu não conseguia falar espanhol, inglês e nem português, acabei misturando tudo.

Por sorte, tínhamos um representante da empresa junto com alguns empresários chilenos e aí todos foram me resgatar.

Que vergonha! Saí daquela sala com um documento escrito “ato de infração” e, o pior de tudo, é que estava de vestido vermelho, chamando bem a atenção.

Bom, passei vergonha, mas ainda tive a viagem de volta pro Brasil pra experimentar o mel que perdi na entrada no Chile.

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Mariassss, já pensaram? Imagina a situação que essa Maria passou? Eu ficaria tão nervosa que não saberia nem o que dizer.

Gostaram da confusão dessa semana?

Na próxima terça temos uma história de amor de verão, mas, claro, recheada com nosso elemento maior: o caos!

Se você tem uma história muito doida, manda pra mim, prometo dividir com muito carinho aqui, na nossa salinha particular.

Até a próxima semana.

Um beijo, Marias.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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