Suelen Gervásio errou de reality
Lacração desenfreada da modelo pode ser uma boa estratégia no programa da concorrência. Na Fazenda não funciona
Desde a estreia de A Fazenda 16, o reality rural da RECORD, uma participante tem tentado de todas as maneiras trazer pra si diversas pautas sensíveis que tangem à sociedade. Mas sua militância não tem fundamento, seus argumentos são falhos. Suas discussões são apenas uma gritaria desenfreada, regada de palavras de baixo calão. Obviamente essa breve descrição se aplica perfeitamente à personalidade de Suelen Gervásio.
A modelo já tentou trazer questões sobre o feminismo numa briga despretensiosa com Zé Love. Isso por um simples desentendimento sobre a execução das tarefas relacionadas ao trato dos animais. Gritou. Esperneou. Falou uma porção de palavrões.
Não contente com o comportamento patético, esperou a briga de Flora com Flor pra acusar a ex-jurada de Silvio Santos de racismo. Nas imagens que foram exibidas até o momento não se vê nenhuma intencionalidade de promover preconceito racial por parte da apresentadora.
É preciso dizer que este colunista que vos escreve não tem lugar de fala. É branco, hétero, privilegiado. Suelen tem todo direito de expressar suas dores, vivências e tudo que ela quiser trazer de conteúdo ao programa.
Porém, é preciso dizer que seu jeito autoritário e sua falta de educação não contribuem em nada para que as pessoas se conscientizem e aprendam sobre esses temas - que são legítimos e inquestionáveis. Pelo contrário, sua truculência, de certa forma, até ajuda a banalizar as pautas.
Ex-affair de Vitão, Gervásio pode ter pensado que a militância excessiva traria bons frutos ao seu jogo. Talvez seja até uma estratégia traçada premeditadamente. No BBB isso geralmente funciona. Na Fazenda, não. O público do reality rural gosta de treta raiz, creme na cara, brigas homéricas, baixaria. A lacração nunca fez sucesso no cercado de Itapecerica da Serra. Suelen Gervásio errou de reality.
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