Justiça suspende entrevistas com agressor de Jair Bolsonaro
Tribunal Regional Federal suspendeu entrevistas de equipes do SBT e da 'Veja' com Adélio Bispo, preso após atacar Bolsonaro com uma faca
Keila Jimenez|Do R7 e Keila Jimenez
O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) acatou pedido liminar do Ministério Público Federal (MPF) em Mato Grosso do Sul, determinando a suspensão das entrevistas que seriam concedidas por Adélio Bispo dos Santos, que esfaqueou o candidato à Presidência da República Jair Messias Bolsonaro (PSL).
Adélio daria entrevistas para equipes de reportagem do SBT e 'Veja'. Essas entrevistas foram 'suspensas' pela Justiça.
Segundo decisão do TRF-3, as entrevistas poderiam causar uma “indevida interferência no processo eleitoral em curso, quer pelos partidários do candidato Jair Bolsonaro, quer pelos seus adversários na eleição”.
“O momento é de prudência, quer no interesse da sociedade em apurar corretamente o fato criminoso atribuído a Adélio Bispo dos Santos e, eventualmente, responsabilizá-lo por isso; quer do próprio investigado, que, segundo consta, foi transferido para o Presídio Federal de Campo Grande/MS em razão de grave risco à sua vida e integridade física. Em princípio, a concessão de entrevistas e a realização de matérias jornalísticas com internos de estabelecimentos prisionais federais não se coadunam à própria razão de ser desses estabelecimentos”, decidiu o desembargador.
A liminar do TRF3 derruba a decisão do juiz federal Dalton Igor Kita Conrado, corregedor da Penitenciária Federal de Campo Grande, que havia autorizado o SBT e a revista Veja a entrevistar o autor do atentado na prisão nesta sexta-feira (28).
Jair Bolsonaro, candidato do PSL à Presidência da República, foi esfaqueado durante um ato de campanha em Juiz de Fora, em Minas Gerais, no último dia 6 de setembro.
A Polícia Federal (PF) divulgou, nesta sexta-feira 28, a conclusão do inquérito que investigava o atentado sofrido pelo candidato e concluiu que Adélio Bispo de Oliveira, preso pelo crime, agiu sozinho motivado pelas discordâncias que tinha em relação às propostas políticas do presidenciável.
Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.