Pela primeira vez na história deste país — que não perde nenhuma oportunidade de passar vergonha no débito e no crédito — um presidente da República ensina à população o segredo para ficar rico sem ter de trabalhar.
Para isso, ele não usou seu próprio exemplo, contando como enriqueceu sem suar a camisa, nem o de seu filho, Loolynh@, que teve uma carreira meteórica de funcionário de zoológico a “Ronaldinho dos negócios milionários”.
É bem mais simples do que isso: basta ser um empresário. Para o presidente, “empresário não ganha muito dinheiro porque ele trabalhou. Ele ganha muito dinheiro porque os trabalhadores dele trabalharam”.
Diante dessa revelação, caro leitor, pare tudo o que está fazendo — principalmente se você trabalha para um empresário que só é rico única e exclusivamente por causa dos seus esforços — e corra para a Junta Comercial mais próxima de você. Cadastre um CNPJ, contrate alguns trabalhadores (quanto mais, melhor) e depois fique de pernas pro ar vendo o dinheiro entrar na sua conta “automagicamente”.
Loola-das-Discórdias-entre-Classes só não disse que os empresários malvadões precisam:
• bancar um local para que essas pessoas trabalhem;
• comprar maquinário, equipamento, matéria-prima, pagar treinamento e tudo mais que seja necessário para a execução do trabalho em si;
• cumprir milhares (sim, milhares) de normas, regras, leis e decretos criados por pessoas que não produzem absolutamente nada;
• pagar uma porcentagem inacreditável de seu faturamento em impostos, taxas e “contribuições” para o governo (que, por sua vez, não ajuda em nada, só atrapalha);
• atender a outras centenas de leis trabalhistas que tratam o empregado como uma criança de 2 anos de idade e o dono da empresa (que paga seu salário), como um carrasco;
• arriscar o próprio dinheiro e o nome no negócio;
• e, se tudo der errado, amargar dívidas que podem levar tudo o que conquistou e muito mais.
Loola revelou como o empresariado brasileiro malandrão enriquece, mas não mencionou como o socialismo funciona, ou seja, não disse que não é um movimento em prol dos pobres, mas sim das elites que querem alcançar o poder usando o trabalhador como mera marionete (e sem lhes pagar nenhum tostão). Também preferiu omitir que os socialistas do topo da pirâmide adoram estar rodeados de muito luxo e ostentação. Ah, e, claro, sem ter de trabalhar para isso.